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A Química Verde

A Química Verde

Você já foi apresentado ao conceito de Química Verde? A Química Verde está diretamente ligada à noção de desenvolvimento sustentável que, por sua vez, tem uma definição super simples, mas de difícil concretização: busca complementar as necessidades do presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. Nesse sentido, a Química Verde aparece como um dos pilares para alcançarmos esse tão almejado Desenvolvimento Sustentável.

O termo apareceu pela primeira vez em 1998 no livro originalmente publicado por Paul Anastas e John Warner – Green Chemistry: Theory and Practice (Química Verde, Teoria e Prática). O livro apresentou uma série de princípios, os “12 Princípios de John C. Warner”, que deveriam ser empregados para cada atividade química desempenhada, buscando torná-la menos nociva ao ambiente e às pessoas.

O mais interessante sobre os 12 Princípios De John C. Warner é que eles não precisam ser aplicados em sua totalidade para gerar efeitos positivos. Deve-se buscar empregar o máximo deles e com isso haverá uma aproximação gradativa entre a realidade e a expectativa sustentável teórica. As empresas atuais compromissadas com o real desenvolvimento sustentável buscam se enquadrar nesses princípios e expandi-los para todas as esferas de atividades possíveis.

Vamos conhecer os 12 Princípios de John Warner?

1) Prevenção. É melhor e mais barato para prevenir a formação de resíduos e desperdícios do que tratá-los posteriormente.

2) Eficiência Atômica. Métodos sintéticos devem ser projetados para maximizar a incorporação no produto final de todos os materiais usados no processo.

3) Síntese Segura. Sempre que possível, os métodos sintéticos devem ser projetados para usar e gerar substâncias que possuem pouca ou nenhuma toxicidade para a saúde humana e para o meio ambiente. O princípio deve ser observado tanto para utilização quanto no pós descarte.

4) Uso de Matéria-prima Renovável. O uso de biomassa como matéria prima deve ser priorizado no desenvolvimento de novas tecnologias.

5) Busca Pela Eficiência Energética. Os requisitos de energia devem ser reconhecidos por seus impactos ambientais e econômicos e devem ser minimizados assim que possíveis

6) Desenvolvimento de Produtos Seguros. Os produtos químicos devem ser projetados para obter a função desejada, minimizando os danos ao meio ambiente.

7) Desenvolvimento de Compostos Degradáveis. Produtos químicos deverão ser desenvolvidos para a degradação inócua de produtos tóxicos, não persistindo no ambiente.

8) Análise em Tempo Real para Prevenção de Poluição. O monitoramento e controle em tempo real dos processos físicos/químicos deverão ser viabilizados. A possibilidade de formação de substâncias tóxicas deverá ser detectada antes de sua geração.

9) Química Segura para a Prevenção de Acidentes. As substâncias usadas nos processos químicos deverão ser escolhidas para minimizar acidentes em potencial, tais como explosões e incêndios.

10) Diminuição de Solventes e Auxiliares. A utilização de substâncias auxiliares (solventes, agentes de separação, etc) deverá ser evitada quando possível, ou usadas substâncias inócuas no processo.

11) Redução do Uso de Derivados. Processos que envolvem intermediários como grupo de proteção/desproteção, ou qualquer modificação temporária das moléculas por processos físicos/químicos devem ser evitados.

12) Catálise. Reagentes catalíticos (tão seletivos quanto possível) são superiores aos reagentes estequiométricos .

E você, quais princípios pode já pôr em prática hoje?

Fonte:

12 Principles of Green Chemistry

Catarina Maia
catarina@sommar.eco.br

Engenheira Químcia pela UFPE e Åbo Akademi - Filnândia. Atualmente coordena o setor de Otimização Térmica e Energética da SOMMAR na função Diretora Executiva da organização.

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